Este livro apresenta uma investigação envolvendo a relação
entre pós-memória, identidade dos professores de línguas
brasileiros e cultura de sala de aula. Para tanto, foram convidados
cinco professores atuantes em universidades públicas de Minas
Gerais – mais especificamente em Ouro Preto, Diamantina, São
João Del Rei e Belo Horizonte. Foi desenvolvida uma sequência
didática envolvendo literatura pertinente e discussões acerca dos
conceitos de memória e pós-memória, identidade e cultura, para
que professores e seus alunos de graduação e pós-graduação
pudessem problematizar a influência do legado colonial, tão
notório em Minas Gerais, na formação identitária dos professores
de línguas aqui presentes e nas regras, valores e práticas que
permeiam suas aulas. O primeiro capítulo apresenta uma
introdução à concepção da pesquisa em si. Seguem-se a ele cinco
capítulos escritos pelos professores convidados a participar dessa
investigação, em que eles relatam de forma subjetiva suas
experiências e percepções com a condução do trabalho em suas
turmas. Tais relatos abrem espaço para os capítulos finais, escritos
pelos próprios participantes e por autores convidados, abordando
temáticas emergentes da pesquisa, como memória e pós-memória
no ensino de línguas, identidade, cultura e perspectivas
decoloniais para desconstruir memórias, identidades e práticas
culturais não mais (e nunca antes) adequadas. Espera-se que o
presente estudo possa enriquecer as discussões envolvendo a
formação de professores de línguas sob o ponto de vista do legado
sócio-histórico dentro da educação brasileira.
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